Desde que comecei a escrever,
conheci muitos amigos escritores — alguns que também estavam iniciando na
carreira — e começamos a compartilhar experiências. Um deles me disse que
enviou seu original para uma editora muito famosa e sequer obteve respostas. O
que é lamentável! Afinal, existem excelentes escritores brasileiros que
infelizmente são colocados “nas gavetas” diariamente por não serem “conhecidos
na mídia”. Isso me deixa profundamente chateada pelo fato de que não somente as
obras, mas também os escritores são vistos apenas como negócio e não como gente.
Contudo, não quero parecer uma pedra de tropeço. Eu compreendo que as empresas
priorizam o lucro, sendo este o mais importante ponto para o seu crescimento.
Assim, é normal que as editoras tratem seu negócio com fins lucrativos e não
com uso da emoção. De qualquer forma, ainda assim, penso que as editoras
grandes estão deixando a desejar quando o assunto é descobrir e valorizar os
novos talentos.
Algo que acho bem interessante é
quando um escritor envia um livro para determinada editora, ela toma
conhecimento do seu conteúdo, se nega a investir na obra — com aquela mesma
fatídica desculpa de que “seu original é muito bom, mas não está dentro de
nosso plano editorial.” — e depois outra editora menor resolve lançar o mesmo
original negado e este passa a ser um campeão de vendas. Com isso, temos plena
certeza de que a vida realmente dá voltas. Aliás, isto ocorreu com a escritora J. K. Rowling, autora da
série Harry Potter. (Confesso: sinto-me um pouco “vingada” com essas
histórias... J)
Não quero apenas criticar; gostaria
de deixar uma sugestão às editoras “famosas”: façam (mais) concursos literários,
abram (mais) oportunidades para os novos. Com certeza, fechando as portas para
os iniciantes, muitos talentos estão deixando de ser descobertos. E vocês, editoras famosas, estão deixando de
lucrar. Aproveitem a Internet que hoje é uma ferramenta eficaz de divulgação, use
as redes sociais, enfim; existem muitos diamantes esperando a oportunidade de
receberem uma lapidação e se tornarem uma jóia de grande desejo de consumo.
Quanto a mim, aguardo a minha vez
de ser lapidada...
(Kim
Montebello)
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